quinta-feira, 10 de abril de 2008

Vale usa MST para abafar protestos de seus funcionários e garimpeiros

NOTA
Vale usa MST para abafar protestos de seus funcionários e garimpeiros

1- O MST-PA esclarece que não realizou protesto contra a mineradora
Vale
nesta quarta-feira, como divulgou a empresa, nem participa da
organização
do acampamento montado às margens da Estrada de Ferro Carajás (EFC).

2 - O acampamento montado às margens da Estrada de Ferro Carajás é do
Movimento dos Trabalhadores e Garimpeiros na Mineração (MTM), que fazem
uma jornada de lutas em defesa dos direitos dos garimpeiros e contra a
exploração imposta pela Vale.

3 - O fechamento da portaria que dá acesso à mina do grande projeto de
exploração de ferro Carajás foi realizado por operários da Vale e das
empresas terceirizadas prestadoras de serviço, que cobram melhores
condições de trabalho da maior empresa privada da América Latina. A
principal reivindicação é o pagamento da multa de R$ 109 milhões que a
Vale deve pagar por danos morais aos operários das mais de 100 empresas
terceirizadas, que prestam serviço à mineradora. A sentença foi dada
pelo
Juiz Federal da 8ª Vara do Trabalho de Parauapebas, Jhonathas Santos
Andrade.

4 - A Vale atribuiu ao MST esses protestos para esconder da sociedade
que
diversos setores populares fazem manifestações contra a diretoria da
mineradora e pela reestatização da empresa, que trabalha com recursos
naturais que pertencem ao povo brasileiro.

5 - O MST apóia as manifestações que denunciam a responsabilidade da
Vale
por suas ações criminosas e danos sociais, impostos às comunidades
rurais
que vivem em torno das suas instalações, aos garimpeiros e seus
trabalhadores. A Vale comete crimes ambientais e sociais, sendo a
empresa
campeã em multas do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis).

COORDENAÇÃO ESTADUAL DO MST-PA

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