(texto do Revolutas)
Contra o massacre dos pobres e a corrupção no Pan
Manifestação: 13/07 - 11h - em frente à prefeitura - RJ
As obras do Pan gastaram 10 vezes mais do que o previsto. Muitas delas, sem licitação ou concorrência pública. Os jogos servem de pretexto para militarizar a cidade e abrir guerra contra a população pobre. O massacre no Alemão é só o começo. Viva o esporte. Abaixo os governantes e as forças de repressão.
Os ataques neoliberais do governo Lula e seus aliados começam a receber uma resposta combativa dos trabalhadores e da população. Nos dias 25 de março e 23 de maio, aconteceram grandes manifestações que demonstraram que a esquerda socialista, classista e de luta pode e deve se unir para enfrentar seus inimigos.
Cabral e Lula, unidos na violência
No Rio de Janeiro, diversas categorias de trabalhadores demonstram disposição de luta. Mas, é preciso dar respostas também ao massacre a que a população pobre está sendo submetida pela política violenta do governo Cabral. A polícia fluminense já matou, só nos primeiros três meses deste ano, 50% a mais do que no mesmo período de 2006. Mas, o massacre está só começando. Os ataques covardes à comunidade do Alemão, de 2 de maio a 27 de junho, já deixaram pelo menos 50 mortos. Mostraram aquilo que já não era segredo. Há muitos anos, a polícia está aplicando a pena de morte nos bairros pobres. Mas, agora é política oficial. Outras operações estão marcadas. Infelizmente, podem trazer os mesmos resultados. Mortes, ferimentos, roubos por parte de quem diz que representa a lei e a ordem. O governo Sérgio Cabral é o maior culpado disso. E o governo Lula assina embaixo ao apoiar a operação e dizer que as operações de segurança durante o Pan será o laboratório da segurança pública para o Brasil. As cobaias estão morrendo. São os pobres e negros.
O Pan 2007 serve de pretexto para militarizar a cidade e abrir guerra contra a população das comunidades pobres. Serão usadas tropas da Força Nacional de Segurança e das polícias estadual, municipal, federal e rodoviária. O reforço militar representa séria ameaça aos direitos da maioria da população pobre, considerada perigosa pela classe dominante.
César Maia: perseguição aos pobres e irregularidades nas verbas do Pan
Enquanto isso, o prefeito César Maia "limpa" e faz "maquiagem" no Rio de Janeiro para receber turistas para os jogos panamericanos. Na verdade, persegue mendigos, moradores e crianças de rua, catadores de papel e latinha, prostitutas e pobres em geral. Não bastasse tudo isso, o Pan 2007 está cheio de irregularidades financeiras. O orçamento original foi multiplicado por 10. A maioria dos serviços foi executada sem licitações e concorrências. As verdadeiras necessidades da população ficaram de fora das obras. Praticamente, só os bairros ricos e privilegiados receberam investimentos. O governo federal enviou verbas para obras nas comunidades pobres do Estado. São mais de R$ 3 bilhões. Mas, se o conhecemos nossos governantes, os pobres vão continuar a receber só balas e repressão.
Por isso o Revolutas se une aos movimentos sociais no chamado para o grande ato unificado.
ABAIXO A VIOLÊNCIA CONTRA O POVO E A CORRUPÇÃO NAS VERBAS DO PAN
13 DE JULHO – 11h - EM FRENTE À PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO
Apoio e organização: MST, MNLM, Conlutas, CUT-RJ, Andes-SN/RJ, Intersindical, Rede Contra Violência.
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